quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dinheiro - A MOEDA DO PRAZER CRISTÃO


O dinheiro é a moeda do prazer cristão. O que você faz com ele — ou deseja fazer com ele— pode trazer ou levar sua felicidade para sempre. A Bíblia deixa muito claro que o que você sente pelo dinheiro pode destruir você:

Os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição (lTm 6.9).

Ou o que você faz com o dinheiro pode servir de base para a vida eterna:

Sejam [os ricos] generosos em dar e prontos a repartir; [...] acumulem para Si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida (lTm 6.18, 19).



Estes versículos nos ensinam a usar nosso dinheiro de uma maneira que nos traga o maior ganho possível e o mais duradouro. Em outras palavras, eles advogam o prazer cristão. Eles confirmam que Deus não apenas permite mas ordena que fujamos da destruição e busquemos nosso prazer pleno e duradouro. Eles mostram que todos os males do mundo advêm não porque nossos desejos de felicidade sejam fortes demais, mas porque são tão fracos que nos satisfazemos com prazeres passageiros que não atendem aos desejos profundos da nossa alma, mas acabam por destruí-la. A raiz de todo mal é que nós somos pessoas do tipo que se acomodam ao amor pelo dinheiro em vez de buscar o amor por Deus (1Tm 6.10).

Fuja do desejo de ser rico

Esse texto em ITimóteo é tão crucial que devemos meditar nele mais detidamente. Paulo está advertindo Timóteo contra ...homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro. De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma poderemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a Si mesmos se atormentaram com muitas dores.

Paulo escreve a Timóteo uma palavra de advertência contra enganadores ardilosos que descobriram que podiam lucrar com o crescimento dos crentes em Éfeso. De acordo com o v. 5, esses polemistas arrogantes tratam a vida espiritual como uma fonte de ganho. Estão tão presos ao amor ao dinheiro que a verdade ocupa um lugar bem inferior em seus sentimentos. Eles não "se alegram na verdade". Alegram-se com a sonegação de impostos. Estão dispostos a aproveitar-se de qualquer novo motivo de interesse popular para ganhar alguns trocados.

Nada é sagrado. Se o lucro é gordo, as estratégias de propaganda são indiferentes. Se ser cristão está na moda, é isto que eles vão vender.

Este texto é muito atual. Vivemos dias de muita lucratividade no campo da religião. Está aquecido o mercado de livros, discos, cruzes de prata, brincos de peixes, abridores de cartas de madeira de oliveira, adesivos para carros, crucifixos, vidrinhos com água do rio Jordão que fazem você ganhar no bingo ou receber seu dinheiro de volta em noventa dias. Vivemos dias lucrativos para quem está no ramo da espiritualidade!

Ele não disse: "Não tire lucro"

Tanto hoje como antigamente, Paulo poderia ter reagido assim ao esforço de lucrar com a religiosidade: "Um cristão não pode ter lucro. Um cristão faz o que é certo por amor à verdade. Cristãos não são motivados pelo que podem ganhar". Mas não foi isso que Paulo disse. O que ele disse foi: "Grande fonte de lucro é a piedade com contentamento" (v. 6).

Em vez de dizer que os cristãos não vivem em função do lucro, ele defende que eles devem correr atrás de um ganho maior do que os espertos amantes do dinheiro. A piedade é o meio para obter esse grande lucro, mas apenas se nos contentarmos com a simplicidade em vez de sermos gananciosos por riquezas. "Piedade com contentamento é grande fonte de lucro".

Se sua piedade, seu amor a Deus, o libertou do desejo de ficar rico e o ajudou a estar contente com o que tem, então sua vida cristã provou ser tremendamente lucrativa. "O exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser" (ITm 4.8). Espiritualidade que derrota a ganância por riquezas materiais gera grande riqueza espiritual. O que o v. 6 quer dizer é que é muito lucrativo não correr atrás das riquezas.

O que segue nos v. 7-10 são as três razões por que não devemos ambicionar riquezas.

Receber aumento não é a mesma coisa que ficar rico

Primeiro deixe-me inserir um esclarecimento. Vivemos em uma sociedade em que muitos negócios legítimos dependem de grande, concentrações de capital. Você não pode construir uma nova fábrica sem investir milhões. Por isso, executivos financeiros em grandes empresas muitas vezes têm a responsabilidade de formar reservas, por exemplo vendendo ações à comunidade. Ao condenar o desejo de ficar rico, a Bíblia não está necessariamente condenando uma firma que planeja expandir-se e para isso procura formar grandes reservas de capital. Os diretores do empreendimento podem ter a ambição de pessoalmente ficar mais ricos, ou a motivação mais nobre de como o aumento da sua capacidade de produção pode beneficiar as pessoas.

Mesmo quando uma pessoa que é competente em sua profissão recebe uma oferta de emprego com maior remuneração e a aceita, isso não é motivo suficiente para condená-la como se estivesse querendo ficar rica. Ela pode ter aceitado o emprego por causa do poder, da posição social e dos luxos que o dinheiro pode lhe trazer. Ou, contente com o que tem, pode querer usar o dinheiro extra para criar uma agência de adoções, dar uma bolsa, enviar um missionário, ou ajudar um ministério em algum bairro.

Trabalhar para ganhar dinheiro para a causa de Cristo não é a mesma coisa que querer ficar rico. Paulo não está advertindo contra o desejo de ganhar dinheiro para suprir nossas necessidades ou as de outros, mas contra o desejo de termais e mais dinheiro e contra promover o ego e o luxo material que ele pode proporcionar.

Carros funerários não têm reboques

Vejamos as três razões que Paulo dá nos v. 7-10 por que não devemos aspirar ser ricos:

1) Nov. 7 ele diz: "Nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele". Carros funerários não têm reboques.

Imagine que alguém passe de mãos vazias pelas catracas de um grande museu de arte e comece a tirar os quadros das paredes e carregá-los embora debaixo do braço. Você vai até ele e pergunta:

—O que você está fazendo?

—Estou me tornando um colecionador de arte — ele responde.

— Mas esses quadros não são seus—você revida. Ninguém vai deixar você sair daqui com eles. Você tem de sair do mesmo jeito que entrou.

Mas ele insiste:

—É claro que esses quadros são meus. Estão debaixo do meu braço. As pessoas nos corredores consideram-me um importante negociador de quadros. E não estou me preocupando com a idéia de sair. Não seja um estraga-prazeres.



Nós diríamos que essa pessoa é maluca! Está fora da realidade. O mesmo acontece com quem se ocupa em ficar rico nesta vida. Nós sairemos dela exatamente do modo que entramos.

Ou imagine 269 pessoas chegando à eternidade por causa da queda de um avião no mar do Japão. Nele havia um político importante, um empresário milionário, um playboy e sua amante, e um filho de missionários voltando de uma visita aos avós.

Agora eles estão diante de Deus totalmente privados de seus cartões de crédito, talões de cheques, linhas de crédito, roupas finas, livros de auto-ajuda e reservas de hotel. Ali estão o político, o executivo, o playboy e o filho de missionários todos no mesmo nível, com absolutamente nada nas mãos, possuindo apenas o que traziam no coração. Que absurda e trágica será naquele dia a posição do homem que amava o dinheiro — como a de alguém que passou a vida toda colecionando bilhetes de metrô e no fim não consegue carregar todos eles e perde o último trem. Não passe sua vida preciosa tentando ficar rico, diz Paulo, porque "nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele".

A simplicidade é possível e boa

2) Em seguida, no v. 8, Paulo acrescenta a segunda razão por que não devemos correr atrás das riquezas: "Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes". O cristão pode e deve estar contente ao ter supridas as necessidades mais simples da vida.

Mencionarei três razões por que essa simplicidade é possível e boa: Primeira, quando você tem Deus perto de você e a favor de você, não precisa de mais dinheiro ou coisas para ter paz e segurança:

Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma, te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem? (Hb 13.5, 6).



Não importa em que direção o mercado está andando, Deus é sempre melhor do que o ouro. Por isso, com a ajuda de Deus podemos e devemos estar contentes com o suprimento das necessidades mais simples da vida.

Segunda, podemos estar contentes na simplicidade porque os prazeres mais profundos e satisfatórios que Deus nos dá pela criação são dádivas gratuitas da natureza e de relacionamentos amorosos com pessoas. Depois que suas necessidades básicas estão supridas, o acúmulo de dinheiro começa a diminuir sua capacidade de sentir esses prazeres, em vez de aumentá-la. Comprar coisas não contribui em nada para a capacidade do coração de alegrar-se.

Há uma diferença profunda entre a empolgação temporária com um novo brinquedo e um abraço de boas-vindas de um amigo do peito. Quem você acha que tem a alegria mais profunda e satisfatória na vida: o homem que paga 250 dólares por uma suíte num hotel de primeira e passa a noite no saguão com pouca luz e muita fumaça, impressionando mulheres desconhecidas com bebidas a 10 dólares por dose, ou o homem que escolhe um quarto de hotel por 40 dólares com vista para uma plantação de girassóis e para o pôr-do-sol, e passa a noite escrevendo uma carta apaixonada para sua mulher?

Terceira, devemos nos contentar com as necessidades mais simples da vida porque podemos investir o que ganhamos a mais naquilo que reamente importa. Atualmente há três bilhões de pessoas longe de Jesus Cristo. Dois terços destas não têm um testemunho cristão observável em sua cultura. Para que elas ouçam — e Cristo mandou que ouvissem— missionários transculturais têm de ser enviados e sustentados. Toda a riqueza necessária para enviar esse novo exército de embaixadores das boas novas já está na igreja.

Se nós, como Paulo, estamos contentes com as necessidades mais simples da vida, centenas de milhões de dólares na igreja serão investidos para levar o evangelho à linha de frente. A revolução de alegria e liberdade que isso causaria na igreja enviadora seria o melhor testemunho local imaginável. O chamado bíblico é que você pode e deve estar contente tendo as necessidades mais simples da vida satisfeitas.

Como traspassar o coração com muitas dores

3) A terceira razão para não correr atrás das riquezas é que essa busca acabará destruindo a sua vida. Essa é a lição dos v. 9 e 10:

Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.



Nenhum cristão que busca o prazer desejará lançar-se na ruína e destruição e ser atormentado com muitas dores. Por isso nenhum cristão que ama o prazer deseja ser rico.

Faça um teste consigo mesmo. Você aprendeu com a Bíblia sua atitude em relação ao dinheiro ou a absorveu dos meios de comunicação atuais? Ao andar de avião e ler a revista de bordo, verá que quase cada página ensina e passa um conceito de riqueza exatamente contrário ao de 1 Timóteo 6.9 de que aqueles que querem ser ricos cairão em ruína e destruição. Paulo mostra com muita clareza o perigo que há exatamente no desejo que as revistas exploram e promovem.

As imagens da riqueza

Lembro-me de uma propaganda de página inteira de uma cadeira giratória que mostrava um homem em um escritório todo atapetado. A frase que se destacava dizia: "Seus ternos são feitos por encomenda. Seu relógio é folheado a ouro. Sua cadeira de escritório é...". Sob o retrato do homem lia-se isto:

Trabalhei arduamente e também tive sorte: meu negócio é bem sucedido. Eu queria que meu escritório refletisse isso, e acho que consegui. Para minha cadeira escolhi uma da marca .... Ela combina com a imagem que eu queria transmitir. [...] Se você não pode dizer isso da sua cadeira, será que não está na hora de sentar-se em uma ...? Afinal de contas, você já não ficou muito tempo sem uma dessas?



A filosofia da riqueza nessas linhas é mais ou menos assim: se você trabalhou para ter as imagens da riqueza, seria burrice negá-las a Si mesmo. Se ITimóteo 6.9 é verdadeiro, e o desejo de ser rico nos leva à arapuca de Satanás e à destruição no inferno, então esse anúncio, que explora e promove o desejo, é tão destrutivo como qualquer coisa que você leia nos anúncios sobre sexo em um grande jornal.

Você está alerta e livre das mensagens falsas da propaganda? Ou será que a onipresente mentira econômica enganou-o a ponto de o único pecado em que você consegue pensar em relação ao dinheiro ser o roubo? Eu sou a favor da liberdade de expressão e de iniciativa porque não tenho nenhuma fé na capacidade moral de um governo pecaminoso de melhorar as instituições criadas por indivíduos pecaminosos. Mas, em nome de Deus, usemos nossa liberdade como cristãos para dizer não à ambição da riqueza e sim à verdade: há grande lucro na piedade, quando nos contentamos com a satisfação das necessidades mais simples da vida.

O que os ricos devem fazer?

Até aqui estivemos refletindo sobre as palavras dirigidas em ITimóteo 6.6-10 a pessoas que não são ricas mas são tentadas a ser. Em ITimóteo 6.17-19, Paulo fala a um grupo na igreja que já é rico. O que uma pessoa rica deve fazer com seu dinheiro quando se torna cristã? E que o cristão deve fazer se Deus fizer seu trabalho prosperar a ponto de ele ter grandes riquezas à sua disposição? Paulo responde nestes termos:

Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para Si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida.



As palavras do v. 19 simplesmente parafraseiam o ensino de Jesus, que disse:

Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.

Jesus não é contra o investimento. Ele é contra o mau investimento — ou seja, colocar o coração no conforto e segurança que o dinheiro pode comprar neste mundo. O dinheiro deve ser investido em títulos eternos no céu — "ajuntai para vós outros tesouros no céu!" Como?

Lucas 12.32-34 nos dá uma resposta:

Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino. Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastam, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome, porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.



Portanto, a resposta à pergunta de como acumular tesouros no céu é gastar os tesouros terrenos em projetos de misericórdia em nome de Cristo aqui na terra. Dê esmolas — isto é, arranje para si uma bolsa no céu. Observe que Jesus não está dizendo simplesmente que o tesouro no céu será o resultado inesperado da generosidade na terra. Não, ele diz que devemos objetivar o tesouro no céu. Ajunte-o! Consiga para si bolsas e tesouros que não se estragam! Isso é puro prazer cristão.

Você receberá seus dividendos na ressurreição dos justos

Outro exemplo disso no ensino de Jesus está em Lucas 14.13, 14, em que ele é mais específico sobre como devemos usar nossos recursos para acumular tesouros no céu:

Ao dares um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos.



Isto é praticamente o mesmo que dizer: "Dê esmolas; faça um tesouro no céu". Não busque a recompensa em títulos terrenos. Seja generoso. Não pavimente sua vida com luxos e confortos. Olhe para a ressurreição e para a grande recompensa em Deus, "em cuja presença há plenitude de alegria, em cuja destra, delícias perpetuamente" (SL 16.11).

Cuidado para não ser mais sábio que a Bíblia

Tome cuidado com comentaristas que desviam a atenção do sentido direto desses textos. Por exemplo, o que você acharia desse comentário comum sobre Lucas 14.13, 14: "A promessa de recompensa para esse tipo de vida consta aí como fato. Você não vive desse jeito pensando na recompensa. Se estiver, na verdade não está vivendo desse jeito mas do velho jeito egoísta".1

Será isso verdade — que somos egoístas e sem amor se formos motivados pela recompensa prometida? Se é assim, por que Jesus nos estimulou mencionando a recompensa, até colocando-a como base da nossa ação? E o que esse comentarista diria sobre Lucas 12.33, em que não nos é dito que a recompensa resultará de darmos esmolas, mas que devemos buscar ativamente a recompensa — "fazei para vós outros bolsas!"?

E o que diria ele sobre a parábola do administrador desonesto (Lc 16.1-13), em que Jesus conclui: "Das riquezas de origem iníqua fazei amigos; para que, quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos" (Lc 16.9)? O objetivo dessa parábola é instruir os discípulos no uso correto e amoroso das posses terrenas. Jesus não diz que a conseqüência desse uso é receber habitações celestiais. Ele diz: que seja o seu objetivo garantir uma habitação eterna com o uso dos seus bens.

Portanto, é simplesmente errado dizer que Jesus não quer que busquemos a recompensa que ele promete. Ele ordena que a busquemos (Lc 12.33; 16.9). Mais de quarenta vezes no evangelho de Lucas temos promessas de recompensa e ameaças de castigo ligadas aos mandamentos de Jesus.2

É claro que não devemos buscar a recompensa do louvor terreno ou do ganho material. Isso é evidente não apenas em Lucas 14.14, mas também em Lucas 6.35: "Amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo". Em outras palavras, não ligue para recompensas terrenas; olhe para a recompensa celestial, isto é, para as alegrias infinitas de ser filho de Deus!

Ou, como Jesus diz, em Mateus 6. 5, 4, não se importe com o louvor humano para seus atos de misericórdia. Se este é o seu propósito, isto é tudo o que você vai ganhai, e essa recompensa será lastimável comparada com a recompensa de Deus. "Ao dares esmola, ignore a tua mão esquerda o que faz a tua mão direita; para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê cm secreto, te recompensará."

Atraindo outros para a recompensa, amando-a

A razão por que nossa generosidade em relação aos outros não é amor fingido quando somos motivados pelo anseio pela promessa de Deus, é que nosso objetivo é levar os outros conosco para essa recompensa. Sabemos que nossa alegria no céu será maior se as pessoas que tratamos com misericórdia forem convencidas do valor insuperável de Cristo e se juntarem a nós no louvor a ele.

Todavia, como lhes mostraremos o valor infinito de Cristo se nós mesmos não formos impelidos, em tudo o que fazemos, pelo anseio de ter mais dele? Seria apenas falta de amor buscar a própria alegria à custa de outros. Mas se nossa busca inclui a alegria deles, como isso pode ser egoísta? Como posso eu ser menos amoroso se meu anseio por Deus me move a entregar minhas posses terrenas de modo que minha alegria nele possa ser duplicada para sempre na parceria com o outro em louvor?

Fazendo para Si mesmo um bom alicerce

O ensino de Paulo aos ricos em ITimóteo 6.19 continua e aplica esses ensinos de Jesus nos evangelhos. Eles diz que as pessoas ricas devem usar o dinheiro de uma maneira que coloque para eles um "sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida". Em outras palavras, há uma maneira de usar nosso dinheiro que nos faz perder a vida eterna.3

Sabemos que Paulo tem a vida eterna em vista porque sete versículos antes ele usa o mesmo tipo de expressão referindo-se a ela: "Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas" (lTm6.12).

A razão por que o uso do nosso dinheiro proporciona um bom fundamento para a vida eterna não é que a generosidade faz por merecer a vida eterna, mas que ela mostra onde está o nosso coração. A generosidade confirma que nossa esperança está em Deus e não em nós mesmos ou no nosso dinheiro. Nós não conquistamos a vida eterna. Ela é uma dádiva da graça (2Tm 1.9). Nós a recebemos ao descansar na promessa de Deus. Depois, como usamos nosso dinheiro confirma ou nega a realidade desse descanso.

Orgulho das posses

Paulo dá três instruções aos ricos sobre como usar o dinheiro para confirmar seu futuro eterno.

Primeira, não deixe seu dinheiro gerar orgulho. "Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos" (1Tm 6.17). Como nosso coração é enganoso quando se trata de dinheiro! Todos nós já tivemos o sentimento de superioridade que se infiltra depois de um investimento inteligente, após uma nova aquisição ou por causa de um grande depósito. As principais atrações do dinheiro são o poder que dá e o orgulho que alimenta. Paulo diz que não devemos deixar isso acontecer.

Por que é tão difícil para o rico receber a vida eterna

Em segundo lugar, ele acrescenta no v. 17: "... não depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento". Para o rico, isso não é fácil. Foi por isso que Jesus disse que é difícil para um rico entrar no reino de Deus (Mc 10.23). É difícil olhar para toda a esperança terrena que as riquezas oferecem e depois voltar-se dela para Deus, e fazer repousar toda a esperança nele. É difícil não amar a dádiva e sim o Doador. Mas essa é a única esperança para o rico. Se não puder fazer isso, estará perdido.

Ele precisa lembrar-se da advertência que Moisés deu ao povo de Israel quando este entrou na terra prometida:

Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, porque é ele que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê (Dt 8.17, 18).



O grande perigo das riquezas é que nossos sentimentos são desviados de Deus para as suas dádivas.

Será que esse ensino é de saúde, riqueza e prosperidade?

Antes de passar para a terceira exortação de Paulo aos ricos, temos de considerar um mau uso comum do v. 17. O texto diz que Deus "tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento". Isso significa em primeiro lugar que Deus geralmente é generoso na provisão que faz para atender nossas necessidades. Ele proporciona as coisas "ricamente". Em segundo lugar, significa que não precisamos nos sentir culpados por ter prazer nas coisas que ele nos dá. Elas foram dadas "para a nossa satisfação" (NVI). Jejum, celibato e outras formas de autonegação são corretas e boas no serviço de Deus, mas não devem ser exaltadas como norma espiritual. As provisões da natureza são dadas para o nosso bem e, por meio da nossa alegria diante de Deus, podem tornar-se ocasiões para ação de graças e adoração (lTm 4.2-5).

Todavia, nos dias atuais uma doutrina de riqueza e prosperidade grassa a nossa volta, moldada pela meia verdade que diz: "Nós glorificamos Deus com o nosso dinheiro, alegrando-nos em gratidão em todas as coisas que ele nos possibilita comprar. Por que um filho do Rei haveria de viver como um mendigo?" E assim por diante. A metade verdadeira dessa colocação é que devemos dar graças por toda coisa boa que Deus nos possibilita ter. Isso o glorifica. A metade falsa é a implicação enganosa de que Deus pode ser glorificado, desse modo, por toda e qualquer aquisição de luxo.

Se isso fosse verdade, Jesus não teria dito: "Vendei os vossos bens e daí esmolas" (Lc 12.33). João Batista não teria dito: "Quem tiver duas túnicas, reparta com quem não tem" (Lc 3.11). O Filho do homem não teria andado por aí sem ter onde repousar a cabeça (Lc 9.58). E Zaqueu não teria dado metade dos seus bens aos pobres (Lc 19.8).

Deus não é glorificado quando ficamos (não importa quão agradecidos estejamos) com o que deveríamos estar usando para aliviar a desgraça dos milhões que estão sem o evangelho, sem educação, sem tratamento médico, sem comida. A evidência de que muitos que professam ser cristãos foram iludidos por essa doutrina é quão pouco eles dão e quanto eles têm. Deus os fez prosperar. E por uma lei quase irresistível da cultura do consumo (batizados por uma doutrina de saúde, riqueza e prosperidade), compraram (mais e) maiores casas, carros mais novos (e em maior número), roupas mais sofisticadas (e em maior número), mais (e melhores) carnes, e todo tipo de bijuterias, engenhocas, utensílios, instrumentos e equipamentos para tornar a vida mais divertida.

Por que Deus faz muitos santos prosperar

Haverá quem diga: o Antigo Testamento não promete que Deus fará seu povo prosperar? É verdade! Deus aumenta nosso capital para que, dando, possamos provar que nosso capital não é nosso deus. Deus não faz prosperar o negócio de alguém para que possa trocar o carro popular por um modelo de luxo. Deus faz negócios prosperarem para que milhares de povos ainda não evangelizados possam ser alcançados com o evangelho. Ele faz um negócio prosperar para que 12% da população do mundo possa dar um passo para trás, afastando-se do precipício da inanição.

Sou pastor, não economista. Por isso vejo meu papel hoje em dia como James Stewart viu o seu na Escócia de três décadas atrás:

É função dos economistas, e não dos pregadores, elaborar planos de reconstrução. Mas, enfaticamente, é função do pregador despertar as pessoas em terras longínquas para que acordem para a formidável piedade de Jesus, para que abram seu coração à coação dessa compaixão divina que faz brilhar sua santidade em torno dos oprimidos e sofridos, e lançar chamas de juízo contra todo mal social. [...] Não há lugar para a pregação despida de franqueza ética e de paixão social, em dias em que as trombetas do céu ressoam e o Filho de Deus sai para a guerra.4



Nosso chamado: um estilo de vida pronto para a guerra

A referência à "guerra" não é apenas retórica. Precisa-se hoje em dia especificamente de um "estilo de vida pronto para a guerra". Usei a expressão "necessidades mais simples da vida" no começo deste capítulo porque Paulo disse em ITimóteo 6.8: "Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes". Essa idéia de simplicidade, contudo, pode ser enganosa. Entendo que ela se refere a um estilo de vida que não se carrega de coisas que não são essenciais — e o critério para o que é "essencial" não deve ser a antiga "simplicidade", mas a eficiência para tempos de guerra.

Ralph Winter ilustra essa idéia de estilo de vida pronto para a guerra:

O Queen Mary, ancorado no porto de Long Beach, na Califórnia, é um museu fascinante do passado. Usado tanto como navio de luxo em tempos de paz como para transporte de tropas durante a Segunda Guerra Mundial, sua condição atual de museu do tamanho de três campos de futebol serve de contraste impressionante entre o estilo de vida apropriado em tempo de paz ou de guerra. Em um lado da divisória você vê o salão de jantar reconstruído para retratar a disposição das mesas em tempos de paz, para uso dos ricaços refinados, para quem a disposição brilhante de facas, garfos e colheres não tinha segredos. Do outro lado da divisória as evidências da austeridade do tempo de guerra estabelecem o forte contraste. Uma bandeja de metal com baixos relevos substitui quinze pratos e molheiras. Beliches de não apenas duas camas mas oito explicam como a capacidade civil para 3 000 pessoas aumentava para 15 000 soldados. Como essa transformação deve ter sido repugnante para os senhores dos tempos de paz! Para efetuá-la foi necessária uma emergência nacional, é claro. A sobrevivência de uma nação dependia dela. A essência da Grande Comissão hoje em dia é que a sobrevivência de muitos milhões de pessoas depende do seu cumprimento.5



Estamos em guerra. Toda essa conversa sobre o direito do cristão de viver cercado de luxos, "como filho do Rei", soa vazia nessa atmosfera — principalmente porque o próprio Rei tirou todos os trajes supérfluos para entrar na batalha. É mais proveitoso pensar em um estilo de vida "de guerra"

do que em um mero estilo de vida "simples". A simplicidade pode estar muito voltada para dentro e não trazer benefícios para ninguém mais. Um estilo de vida de guerra implica que há uma causa grande e digna, pela qual vale a pena gastar-se e ser gasto (2Co 12.15). Winter continua:

A sociedade ocidental atualmente é mais do que nunca de um salve-se-quem-puder. Mas será que isso realmente funciona? As sociedades subdesenvolvidas sofrem de certos tipos de doenças: tuberculose, subnutrição, pneumonia, parasitas, tifo, cólera, malária etc. Os países ricos praticamente inventaram um tipo completamente novo de doenças: obesidade, arteriosclerose, problemas cardíacos, derrame, câncer do pulmão, doenças venéreas, cirrose hepática, vício em drogas, alcoolismo, divórcio, crianças em risco, suicídio, assassinato. Faça sua escolha. Máquinas que economizam mão de obra provaram ser instrumentos de morte. Nossa prosperidade nos possibilitou tanto a mobilidade quanto o isolamento da família e, em conseqüência, nossas varas de família, nossas prisões e nossas instituições de saúde mental estão superlotadas. Ao salvarmos a nós mesmos praticamente perdemos a nós mesmos.

Quanto temos nos esforçado para salvar outros? Veja que o lema que nós evangélicos usamos, "Ore, contribua ou vá", permite às pessoas apenas orar, se chegarem a optar por isso! Em comparação, o Grupo de Oração dos Amigos dos Missionários, no sul da Índia, tem 8 000 inscritos nos vários grupos e sustenta 80 missionários de tempo integral no norte da índia. Se minha denominação (que tem uma riqueza per capita muitíssimo maior) fosse fazer isso bem feito,estaríamos mantendo não 500 missionários, mas 26 000. Apesar da pobreza real deles, esses irmãos indianos estão enviando 50 vezes mais missionários transculturais do que nós.6



O que quero mostrar aqui é que aqueles que estão incentivando os cristãos a buscar um estilo de vida luxuoso de tempos de paz entenderam errado tudo o que Jesus ensinou sobre dinheiro. Ele nos chamou para perdermos nossa vida a fim de a ganharmos de novo (e o contexto com certeza tem que ver com dinheiro: "Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?", Mc 8.36). A maneira a que Jesus se refere de perdermos nossa vida é cumprindo a missão de amor que ele nos deu.

Seja rico em boas ações

Isso nos leva à última exortação que Paulo faz aos ricos: "Que sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir" (lTm 6.18). Uma vez libertos do ímã do orgulho e com a esperança colocada em Deus e não no dinheiro, somente uma coisa pode acontecer: o dinheiro deles fluirá livremente para multiplicar os multiformes ministérios de Cristo.

E a minha casa de campo?

O que um pastor dirá ao seu povo sobre a compra e posse de duas casas, em um mundo em que 2 000 pessoas morrem de fome todos os dias e em que as agências missionárias não conseguem atingir mais povos não alcançados por falta de fundos? Primeiro, ele pode citar Amós 3.15: "Derribarei a casa de inverno com a de verão; as casas,de marfim perecerão, e as grandes casas serão destruídas". Em seguida ele pode ler Lucas 3.11: "Quem tiver duas túnicas, reparta com quem não tem".

Depois ele pode contar a história da família de St. Petersburg, na Flórida, que começou a preocupar-se com a carência de moradia dos pobres. Venderam a segunda casa que tinham em outro estado e usaram o dinheiro para construir casas para diversas famílias no seu bairro.

Mais adiante ele pode perguntar: É errado ter uma segunda casa que fica vazia uma parte do ano? E responder: Pode ser que sim, pode ser que não. Não tornará as coisas fáceis criando uma lei. Leis podem ser obedecidas por coação, sem mudança de coração; o profeta quer um coração novo para Deus, não apenas transferências imobiliárias. O pastor pode mostrar empatia com a insegurança deles e compartilhar da sua própria luta para descobrir a maneira de amar. Ele não presumirá que tem uma resposta simples para cada dúvida a respeito de estilo de vida.

Mas os ajudará a decidir. Dirá: "Sua casa simboliza ou estimula um grau de luxo usufruído em face da negligência perante as necessidades dos outros? Ou é um lugar simples de retiro, usado com freqüência para o necessário descanso, oração e meditação, que devolve a pessoa à cidade com um grande desejo de negar a Si mesma em prol da evangelização dos perdidos e da busca da justiça?"

Ele lhes sensibilizará a consciência e os desafiará a buscar um estilo de vida sintonizado com o ensino e com a vida do Senhor Jesus.

Por que Deus nos deu tanto?

Em Efésios 4.28, Paulo diz: "Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir o necessitado". Em outras palavras, há três níveis de como vivemos com as coisas: 1) você pode roubar para tê-las; 2) você pode trabalhar para tê-las; 3) você pode trabalhar para ter e para poder dar.

Um número demasiadamente alto de cristãos vive no nível dois. Quase todas as forças da nossa cultura nos pressionam a viver nesse nível. Porém a Bíblia nos empurra sem descanso para o nível três. "Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra" (2Co 9.8). Por que Deus nos abençoa com abundância? Para termos o suficiente para vivermos e então usar o restante para todo tipo de boa ação que alivia a miséria espiritual e física. Suficiente para nós; abundância para os outros.

A questão não é quanto alguém ganha. Grandes empresas e altos salários são uma realidade do nosso tempo, e não são necessariamente maus. Mau é ser induzido a pensar que um salário de 10 mil por mês tem de ser acompanhado de um estilo de vida de 10 mil por mês. Deus nos fez para sermos condutores da sua graça. O perigo está em pensar que o canal precisa ser revestido de ouro. Não precisa. O plástico dá conta do recado.

Vivendo à beira da eternidade

Nossa última ênfase nesse resumo deve ser esta: Em ITimóteo o, o propósito de Paulo é nos ajudar a pôr as mãos na vida eterna e não soltá-la mais. Paulo nunca perde tempo com coisas não essenciais. Ele vive à beira da eternidade. É por isso que ele vê as coisas com tanta clareza. Ele está ali como porteiro de Deus e nos trata como cristãos racionais que buscam o prazer: você quer uma vida que é vida de verdade, não é (v. 19)? Você não quer ruína, destruição e dores interiores, não é (v. 9, 10)? Você quer todo o lucro que a vida cristã pode dar, não é (v. 6)? Então use a moeda do prazer cristão com sabedoria: não deseje ser rico, contente-se com o suprimento das necessidades mínimas de uma vida em época de guerra, ponha toda a sua esperança em Deus, cuide-se para não ficar orgulhoso e deixe sua alegria em Deus transbordar em riqueza de generosidade para com o mundo perdido e carente.



NOTAS

1 T. W. MANSON, The sayings of Jesus. Londres, SCM Press, 1949, p. 280.

2 John PIPER, Love your enemies. Cambridge, Cambridge University Press, 1979. Nas páginas anteriores relacionei alguns desses exemplos.

3 Isso não contradiz a doutrina bíblica da segurança eterna das pessoas que Deus escolheu e que são nascidas de novo de verdade, doutrina essa firmemente estabelecida em Romanos 8.30. Mas implica que há uma mudança de atitude interior quando nascemos de Deus; e isso inclui evidências na maneira como usamos nosso dinheiro. Jesus advertiu repetidas vezes contra a falsa confiança que não dá fruto e no fim faz a pessoa perder ávida (Mt 7.15-27; 13.47-50; 22.11-14).

4 James STEWART, Heralds of God. Grand Rapids, Baker Book House, 1972, p. 97.

5 Ralph WINTER, "Reconsecration to a wartime, not a peacetime, lifestyle", em Perspectives on the world Christian movement. Ralph WINTER e Steven HAWTHORNE (eds.). Pasadena, William Carey Library, 1981, p. 814.

6 WINTER, "Reconsecration" p. 815.

Texto retirado do Livro:
Em Busca de Deus, (Teologia da Alegria), a plenitude da alegria cristã.
John Piper

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