sábado, 7 de agosto de 2010

Rev. Richard Wurmbrand, o "Mártir Vivo"



O Rev. Richard Wurmbrand é o ministro evangélico que passou 14 anos como prisioneiro dos comunistas, torturado em sua própria terra, a Romênia. É um dos mais conhecidos líderes evangélicos, autor e educador. Poucos nomes são mais conhecidos em sua terra natal.
Em 1945, quando os comunistas tomaram a Romênia e tentaram submeter às Igrejas aos seus propósitos, Richard Wurmbrand imediatamente iniciou um ministério eficiente e vigoroso, pelo processo chamado "subterrâneo", destinado à pregação do Evangelho ao seu povo escravizado pelos soldados russos invasores. Foi preso em 1948 com sua esposa Sabina. Durante três anos sua esposa trabalhou escravizada e Richard Wurmbrand passou esse tempo numa prisão solitária — sem ver qualquer pessoa, a não ser os seus torturadores comunistas. Depois de três anos foi transferido para uma cela coletiva, onde as torturas continuaram durante cinco anos.
Por causa de sua liderança cristã internacional, diplomatas de embaixadas estrangeiras indagaram ao governo comunista sobre sua segurança. A resposta foi que ele havia fugido da Romênia. Elementos da polícia secreta, passando como ex- companheiros de prisão, disseram à sua esposa que assistiram ao seu funeral no cemitério da prisão. Sua família na Romênia e seus amigos de outros países foram avisados que deveriam esquecê-lo em vista de já estar morto.
Depois de oito anos foi solto e imediatamente reassumiu seu trabalho na Igreja Subterrânea. Dois anos depois, em 1959, foi outra vez preso e condenado a 25 anos de reclusão.
Foi solto em 1964 por uma anistia geral e mais uma vez prosseguiu em seu ministério secreto. Levando em consideração o grande perigo de um terceiro período na prisão, crentes da Noruega negociam com as autoridades comunistas sua permissão para deixar a Romênia. O governo comunista havia iniciado a "venda" dos seus presos políticos. O preço da libertação de um prisioneiro era de 800 libras, mas o preço de Wurmbrand foi fixado em 2.500 libras!
Em maio de 1966 testemunhou ele em Washington perante a Subcomissão de Segurança Interna do Senado Americano, ocasião em que tirou a camisa para mostrar aos presentes dezoito profundas cicatrizes provocadas pelas torturas físicas recebidas.
Sua história foi levada a todo o mundo pela imprensa livre dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia. Em setembro de 1966 foi advertido que o regime comunista da Romênia decidira eliminá-lo. Apesar disso não silenciou e continua a dar seu testemunho. Tem sido chamado "a voz da Igreja Subterrânea". Líderes cristãos têm-no considerado o "Mártir Vivo" e o "Paulo da Cortina de Ferro".



TRECHO DO LIVRO





















Na época em que fui raptado, dia 29 de fevereiro de 1948, trabalhava de duas maneiras, oficialmente e secretamente. Era domingo — um belo domingo. Nesse dia, a caminho da Igreja, fui seqüestrado pela Polícia Secreta.
Muitas vezes havia excogitado o que significava "roubo de homens", várias
vezes referido na Bíblia. Isto o Comunismo nos ensinou.
Muitos outros foram seqüestrados de igual modo. Um carro da Polícia Secreta parou à minha frente, quatro homens desceram e jogaram-me dentro dele. Deram-me sumiço por muitos anos. Por mais de oito anos ninguém sabia se eu estava vivo ou morto. Minha esposa foi visitada pelos homens da Polícia Secreta, que se fingiram ex- companheiros meus de cela. Disseram-lhe que assistiram ao meu funeral. Ela ficou consternada. Milhares de membros de Igrejas, de todas as denominações, foram encarcerados naquela época, não apenas clérigos, mas homens do povo, rapazes e moças que davam testemunho de sua fé. As prisões ficaram repletas e, na Romênia como em todos os países comunistas, estar na prisão significa ser torturado.
As torturas eram muitas vezes horríveis? Prefiro não falar muito a respeito
daquelas por que passei. Quando o faço, não consigo dormir à noite. É muito doloroso.
Em outro livro, "No Subterrâneo de Deus" (In God's Underground), relato com

abundantes detalhes todas as nossas experiências com Deus no cárcere.
Torturas Indescritíveis
Um pastor, chamado Florescu, foi torturado com atiçadores de ferro em brasa, e com facas. Foi açoitado horrivelmente. Ratos famintos eram introduzidos em sua cela através de um cano grosso. Ele não podia dormir, pois tinha de se defender o tempo todo. Se descansasse um só momento, os ratos o atacariam.
Foi forçado a ficar de pé por duas semanas, dia e noite. Os comunistas queriam forçá-lo a trair seus irmãos, porém não o conseguiram. Por fim trouxeram seu filho de 14 anos e começaram a açoitá-lo na presença do pai, dizendo que continuariam a bater até que o pastor dissesse o que eles queriam. O homem, coitado, Já estava quase louco. Suportou até onde pôde. Por fim, gritou para o filho: "Alexandre, tenho de dizer o que eles querem! Não posso mais suportar o que lhe estão fazendo!" O filho respondeu: "Papai, não me faça a injustiça de ter um traidor por pai! Resista! Se me matarem, morrerei com as palavras “Jesus é minha terra natal!”A fúria dos comunistas caiu sobre o menino, em quem bateram até matá-lo, vendo-se manchas do seu sangue pelas paredes da cela”. Morreu louvando a Deus. Nosso querido irmão Florescu nunca mais foi o mesmo, depois do que presenciou.
Eram colocadas algemas em nossos pulsos as quais tinham lâminas afiadas na parte interna. Se ficássemos totalmente parados, elas não nos cortavam. Mas nas celas muito frias, quando tremíamos, nossos pulsos eram cortados pelas lâminas.
Crentes eram pendurados em cordas, de cabeça para baixo, e açoitados tão severamente que seus corpos balançavam de um lado para o outro sob a força das pancadas. Eram colocados em refrigeradores, "celas refrigerantes", tão frias que se formava uma camada de gelo na parte interna. Eu próprio fui jogado em uma dessas celas, com bem pouca roupa. Médicos da prisão observavam-nos através de uma abertura, até verem sintomas de morte por congelamento. Nesse ponto davam sinal e os guardas nos tiravam e então éramos aquecidos. Quando já estávamos adquirindo calor, éramos imediatamente colocados de novo nas celas congeladoras, e isto repetidamente! Descongelar depois congelar até um ou dois minutos antes da morte, e então descongelar novamente. Isso continuava indefinidamente. Até hoje algumas vezes não suporto abrir um refrigerador.












A "LÁ CABANA"! — Este é o já familiar e aterrador aspecto do interior da famigerada prisão "LÁ CABANA" de Cuba, onde centenas de milhares de prisioneiros vivem em permanente estado de inanição. (Veja outras informações no verso).
Na prisão chamada "DE BONIFÁCIO", os comunistas fraturaram a cabeça de prisioneiros cris- tãos com macetes e espancaram outros com barras de ferro. O resultado: 70 feridos gravemente e 2 mortos. Um dos mortos foi o pregador GERALDO ALVAREZ. Suas últimas palavras foram: "Pai, perdoe-lhes, porque não sabem o que fazem". Um de seus companheiros, HENRIQUE CORRÊA tentou ajudá-lo, mas foi atingido por uma rajada de metralhadora, morrendo também no local! (Comitê de Informação sobre Cuba — 1976).
Todo o mundo livre está sob a ameaça eminente da ocupação pelos comunistas. Angola, antiga colônia portuguesa e um dos mais ricos países africanos que nos últimos 8 anos triplicou suas exportações, e Moçambique, além de uma dezena de outras nações africanas caíram nas mãos dos guerrilheiros comunistas financiados e ajudados por modernas armas russas. Em Angola, 12 a 15 mil soldados cubanos assassinaram 20 mil negros em apenas 5 dias.
Nunca os estados colonialistas cometeram tal morticínio em massa. (Ação Cristã de Fev. 1976). Até quando os povos chamados "livres" assistirão impassíveis este avanço do comunismo?

Nós, crentes, éramos colocados em caixões apenas um pouco maiores do que nós. Não havia lugar para qualquer movimento. Muitas dúzias de pregos com suas pontas afiadas como giletes eram colocadas por todos os lados. Enquanto estávamos perfeitamente quietos, tudo ia bem. Éramos forçados a permanecer nessas caixas horas a fio. Quando, porém, nos fatigávamos e tombávamos de cansaço, os pregos entravam em nosso corpo. Se nos movêssemos, ou estremecêssemos um músculo — ali estariam os horríveis pregos.
O que os comunistas têm feito aos crentes ultrapassa qualquer possibilidade de entendimento da mente humana! Já vi comunistas torturando crentes. Os torturadores demonstravam pelo rosto uma alegria imensa. Enquanto torturavam, bradavam: "Nós somos o diabo". Lutamos não contra a carne e o sangue, mas contra os principados e potestades do mal. Vimos que o Comunismo não provém dos homens, mas do diabo. É uma força espiritual — uma força do mal — e só pode ser enfrentada por uma força espiritual mais poderosa — o Espírito de Deus.

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